Somos todos engolidos pelas formas e cores que pulam das obras de Rosane Franco.
Mesmo em trabalhos de pequeníssimas dimensões somos engolidos pela força de uma representação que está ali encolhida… pronta para pular e nos tragar. Essa capacidade de arrebatamento das pequenas telas só se consegue com muita personalidade e incansável fazer. Vermeer nos mostra isso.
Sejam pretos ou fartos de cores, o impacto acontece na forma de captura para dentro do trabalho. Alguns olhos nos espreitam declaradamente. Outros temos de encontrar ao estudar centímetro por centímetro do trabalho.
Essa mesma força vemos nos trabalhos de Pollock, De Kooning, Basquiat, Lee Krasner, Franz Kline. A paixão no fazer. Cabeça/mão/tela.
Rosane nos pega pela mão pra trilhar essa aventura meio selvagem de ver seus trabalhos.
Fátima Magalhães, 2017